quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Ilex Paraguariensis


















...E o velho índio pediu: "Quero renovadas forças para poder seguir adiante e levar Jary ao encontro da tribo que lá se foi". Entregou-lhe o pajé desconhecido uma planta muito verde, perfumada de bondade, e ensinou que ele plantasse, colhesse as folhas, secasse ao fogo, triturasse, botasse os pedacinhos num porongo, acrescentasse água quente e sorvesse essa infusão. "Terás nessa nova bebida uma companhia saudável mesmo nas horas tristonhas da mais cruel solidão" (LESSA, 1986, p.72). Assim nasceu o chimarrão, essa verde erva, amarguentinha e gostosa, que dá força, coragem e afaga a amizade.

Chimarrão - Glaucus Saraiva
Amargo doce que eu sorvo,
Num beijo em lábios de prata,
Tens o perfume da mata,
Molhada pelo sereno,
E a cuia, seio moreno,
Que passa de mão em mão,
Traduz, no meu chimarrão,
Em sua simplicidade,
A velha hospitalidade,
Da gente do meu rincão.

Um comentário:

Tempo em Pausa disse...
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